quinta-feira, 12 de março de 2009















Jarbas e os grampos

O senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) disse ao blog, agora pela manhã, que aceitou o convite da CPI dos Grampos para prestar esclarecimentos sobre a arapongagem da qual estaria, segundo denunciou, sendo vítima. Ele informou ainda que também vai prestar depoimento à Polícia Federal sobre o assunto.

Em discurso na tribuna do Senado - e ainda em uma segunda entrevista à revista Veja desta semana - Jarbas afirmou ter tomado conhecimento de que sua vida estava sendo investigada por detetives de uma empresa do exterior. Coincidentemente, as investigações teriam começado após as críticas contundentes que fez ao PMDB nas páginas amarelas de Veja, na edição da semana passada (leia aqui), na qual chamou o partido de "corrupto" e atacou diretamente o presidente do Senado, José Sarney e o líder da legenda na Casa, Renan Calheiros.

Ontem, os integrantes da CPI dos Grampos instalada na Câmara dos Deputados decidiram convidá-lo para narrar a situação. Jarbas soube da arapongagem, segundo contou à Veja, por meio de um detetive de Pernambuco que teria sido contactado pela referida empresa de investigações, para vasculhar seus antecedentes, documentos e outros dados que conseguisse apurar sobre ele. O detetive, no entanto, teria procurado o senador após saber de quem se tratava, e contado tudo.

"Estou disposto a colaborar, tanto com a CPI como com a Polícia Federal. Vou fornecer todos os dados que eles me pedirem", disse Jarbas, sem, no entanto, revelar que informações pretende repassar.

Ele afirmou não ter conhecimento se José Sarney já teria enviado ofício ao procurador-geral da República, pedindo providências para investigar a arapongagem. Ironicamente, Sarney se antecipou e prometeu, no início desta semana, mandar investigar o caso de arapongagem envolvendo o correligionário "rebelde".

Mas, segundo o próprio Jarbas, na tribuna do Senado, o presidente da Casa distorceu suas declarações, ao afirmar que iria apurar se havia envolvimento do PMDB nas investigações sobre a vida dele.

"Não tenho uma prova material, por isso não posso fazer uma acusação direta. Mas não tenho dúvidas de que a tentativa de espionagem partiu do PMDB. Não tenho inimigos pessoais nem adversários políticos de fora do partido que tenham interesse em espionar minha vida", afirmou o senador pernambucano à Veja desta semana.

Jarbas aguarda as comunicações oficiais da CPI dos Grampos e da Polícia Federal para prestar esclarecimentos.




2 comentários:

Anônimo disse...

ALGUÉM DUVIDA QUE SARNEY NÃO MANDOU INVESTIGAR JARBAS, DEPOIS DE TODA RAIVA QUE TEVE COM A ENTREVISTA DELE NA VEJA?

Anônimo disse...

Jarbas, Sarney, Renan. Tanto faz. O povo não aguenta mais o PMDB, que quer ser o dono do país