
A permanência ou não do ministro do Turismo, Pedro Novais, no cargo será um bom indicativo para avaliar até que ponto a presidente Dilma Rousseff (PT) pretende levar a sua “faxina ética” no governo. Depois das recentes exonerações dos ministros Alfredo Nascimento (Transportes) e Wagner Rossi (Agricultura), Novais se tornou a bola da vez na lista dos auxiliares queimados por denúncias de corrupção.
Mas há um porém envolvendo o Ministério do Turismo: é a segunda pasta comandada por um representante do PMDB – segundo maior partido da base governista, depois do PT – a enfrentar acusações de desvio verbas públicas.
Se seu ocupante fosse filiado a um partido com menos força junto ao Palácio do Planalto, talvez fosse fácil apostar na sua saída imediata. A questão é que Dilma já exonerou o peemedebista Wagner Rossi. E a contragosto do vice-presidente Michel Temer, seu correligionário, que fez tudo para tentar contornar a situação.
Sacar outro ministro peemedebista neste momento pode render à presidente um abalo irreparável na sua base de sustentação. E, bem treinada como foi quando comandou a Casa Civil, Dilma sabe muito bem que com o PMDB não se brinca.
Texto publicado na coluna Cena Política, do JC - 22/08/11
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