quarta-feira, 18 de novembro de 2009
Blockbuster eleitoral
Ainda não vi. Portanto, não posso dizer se gostei ou não. Mas seja bom ou ruim, certamente o filme Lula, o filho do Brasil já cumpriu uma das suas funções: causar polêmica e despertar a curiosidade das pessoas por todo o País.
As cenas de tumulto registradas ontem por vários jornalistas no Teatro Nacional de Brasília, durante a avant-première da película, comprovam a máxima de que nunca antes na história desse país um presidente da República atraiu tantas atenções sobre si mesmo.
Seja pela sua história de vida, seja pelas suas ações e seu comportamento incomum no governo, Lula já seria merecedor de um “candango”. O “cara” vai de um bolsa-família de 50 reais à discussão sobre política internacional com a mesma facilidade com a qual transforma uma ação de governo em palanque eleitoral. E com a mesma facilidade, dribla o discurso das oposições e consegue fazer seu nome aparecer centenas de vezes no noticiário nacional.
Pode-se até questionar se o filme do diretor Fábio Barreto tem ou não caráter eleitoreiro, ou se vai ajudar a bombar ainda mais a popularidade presidencial e impulsionar a candidata palaciana à sucessão, a ministra Dilma Rousseff.
O que ninguém mais duvida é de que Lula, o filho do Brasil, vai se tornar um arrasa-quarteirão nos cinemas a partir de janeiro de 2010 – ano de eleições presidenciais – quando chega aos cinemas do País. E que, acostumado a tirar proveito de situações mínimas, Lula, o filho de dona Lindu, certamente colherá dividendos políticos com todo esse frisson.
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